terça-feira, 29 de setembro de 2009

A CAPELA DA SENHORA DA APRESENTAÇÃO


A imagem acima é bastante rara e interessante.
Á esquerda vemos o edifício onde estiveram instalados o quartel dos Bombeiros de Matosinhos-Leça e o dos Socorros a Náufragos.
A ponte era a do eléctrico, que ligava a alameda de Matosinhos a Leça. Neste local, aproximadamente, encontra-se hoje a ponte móvel.
Foram muitas as capelas de Matosinhos demolidas pelas mais variadas razões, algumas bem ridículas. Entre elas contava-se a capela da Senhora da Apresentação, ou da ponte, por ficar á saída da ponte de pedra, do lado de Leça.
Esta capela foi demolida em 1890 para construção da Alameda de Leça.
Ora, nesta imagem vê-se perfeitamente a dita capela, o que indica que esta imagem é, o mais tardar, de 1890.
Compare esta imagem com a do cabeçalho deste blogue.
Clique na imagem para ampliar e veja a casa da campanuda, do Dr. José Domingues de Oliveira, a escola régia, a igreja de Leça, a antiga estrada, etc,

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

MATOSINHOS ERA ASSIM. MAS JÁ NÂO É....

As imagens de hoje não são muito antigas, mas não deixam de ser interessantes.
São dois postais ilustrados. O primeiro é dos anos 60 e o segundo dos anos 80.
São perfeitamente perceptíveis as transformações.
Ainda se lembram da proa do Jackob Maersk que tantos anos esteve encravada nos rochedos junto ao Castelo do Queijo?
Clique na imagem e veja os pormenores.
Matosinhos era assim. Mas já não é.

domingo, 20 de setembro de 2009

OS LAVADOUROS DE LEÇA


Os lavadouros de Leça da Palmeira foram inaugurados em 1937, criando assim condições para que as lavadeiras usufruíssem de maior comodidade. Era um dos maiores lavadouros de Portugal, com centenas de pias.
Esta é uma belíssima imagem, vendo-se em primeiro plano os dois pontões em pedra que permitiam o acesso entre o moinho e os terrenos entre os dois braços do rio, o doce (que é este na imagem) e o salgado.
Também como pormenor interessante, vemos o muro que separava a zona ribeirinha da estrada e a ladeavam. O muro da esquerda ainda hoje existe, em parte.
Ampliando a imagem, no canto superior direito, vemos a estrada já em plano muito elevado, pois aqui na Amorosa começava a subida íngreme para o lugar de Gonçalves.
Esta imagem foi-me gentilmente cedida por um seguidor deste blogue, que usa o nome de jpunk, a quem deixo aqui um agradecimento.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A ANTIGA CÂMARA DE MATOSINHOS



Após obras de adaptação, a Câmara Municipal de Matosinhos instalou-se no edifício da Rua Brito Capelo em 1934, pois desde 1924 estava no edifício da Rua Conde alto Mearim, onde hoje se encontra o Gabinete de Arqueologia e História. Da Rua Brito Capelo saiu para o actual edifício, nos antigos jardins do Palácio do Visconde de Trevões, Emídio Ló Ferreira.
Este prédio da Rua Brito Capelo era propriedade do “brasileiro” Costa Monteiro e tinha frente também para a Rua França Junior, antiga Rua do Portelo.
Até aqui, todos sabem.
Já muito poucos recordam Vitorino Casal Ribeiro, que instalou uma pensão precisamente no edifício da antiga câmara.
Veio jovem de Espinho, de onde era natural, para Matosinhos, para empregado na Caixa Geral de Depósitos.
Após abandonar esse emprego, foi comerciante de vinhos na Rua Gago Coutinho.
Instalou uma pensão, como se disse, no edifício da antiga câmara.
Após outros negócios, que presumo não terem corrido bem, dedicou-se ás feiras, explorando diversões. Tinha também uma barraca de farturas, que intitulou O Rei das Farturas.
Certamente alguns se lembrarão da sua barraca e da sua pessoa, conhecido que ficou pelo Casal das farturas.
A sua barraca de farturas era a preferida da minha família, recordo-o perfeitamente.
Já lá vão mais de 40 anos.
Tem esta imagem também de curioso o facto de estarem pendurados nas grades anúncios para espectáculos, nomeadamente no Casino de Matosinhos.
Clique na imagem para ampliar e deleite-se com os pormenores (central hotel, etc.)
É uma imagem muito rara, julgo que dos anos 20, ou mesmo anterior.
Foi-me oferecida por mãos amigas.

sábado, 12 de setembro de 2009

A PONTE DOS BRITO E CUNHA SOBRE O RIO LEÇA


Os Brito e Cunha, da Casa do Ribeirinho, eram senhores de grandes extensões de terrenos em Matosinhos, nomeadamente nas cercanias da sua casa.
Entre os dois braços do rio Leça, o doce e o salgado, possuíam terrenos que antes foram salinas.
Algumas dessas salinas foram adaptadas para a criação de peixes.
Para aceder a esses terrenos existia uma ponte, que é a que vemos na imagem.
Este braço do rio é o salgado que, por correr a uma quota inferior, sofria a influência das marés.
Vemos veraneantes passeando de barco e uma família picnicando nas margens.
Belo trecho do rio Leça, para sempre desaparecido.
Na verdade, Matosinhos pagou um altíssimo tributo ao progresso.
Talvez mais do que o que podia pagar.
Clique na imagem, de 1908, para a ampliar.

domingo, 6 de setembro de 2009

RUA BRITO CAPELO 2




Voltando à Rua Brito Capelo, vemos duas imagens separadas no tempo por mais de cem anos. A 1.ª imagem é um postal ilustrado do início da 1.ª década dos séc. XX (1900), da série de alberto ferreira. n.º 34, e a 2.ª é da minha autoria, obtida em 23.09.2006.
No local da primeira casa á esquerda está hoje o edifício da Caixa Geral de Depósitos, seguia-se um quintal, agora a Casa Ferreira, e o edifício da Foto-Mar, com seus azulejos amarelos, ainda existente. Os edifícios seguintes até á Rua 1.º de Dezembro são os mesmos, embora com obras de alteração.
A casa mais alta á direita, indicada pela seta, é a que ficava na esquina da Rua 1.º de Dezembro, agora um edifício de apartamentos com o rés do chão destinado ao comércio. Antes era uma casa de fazendas, vendendo fatos, sobretudos, etc. Também no rés do chão desse mesmo prédio, com entrada pelo n.º 318 da Rua 1.º de Dezembro, funcionou a casa de pasto A Palmeirinha, de Fernando Amaral,
A rua Brito Capelo começou por se denominar Juncal de Cima.
Por proposta do vereador Joaquim do Rosário Ferreira, a sessão camarária de 18.12.1890 deliberou mudar o nome da rua para a designação actual, bem como dar nova designação a muitas outras artérias e largos da então Vila de Matosinhos.
Já agora, aqui fica a nota de que Matosinhos passou a escrever-se só com um “t” em 1909 mas, curiosamente, ganhou o “z” (Matozinhos).